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O DESUSO DO CDI COMO BENCHMARK

Os investidores brasileiros acostumaram-se a perseguir a variação do CDI como métrica de avaliação da rentabilidade de seus investimentos. Uma vez que o extrato do banco mostrasse uma rentabilidade superior ao CDI em determinado período, o investidor se colocava em posição de tranquilidade quanto ao seu portfólio. Essa cultura de se referenciar as aplicações ao CDI consolidou-se através de anos vividos em um ambiente de altas taxas de juros, em que se expor à renda fixa conservadora era suficiente para obter bons ganhos financeiros, e por consequência proteger e aumentar o patrimônio do investidor.

Todavia, diante do cenário de declínio das taxas de juros praticadas no Brasil, houve uma profunda diminuição nos retornos obtidos através de investimentos no mercado financeiro. Portanto, a realidade atual sugere que se desconsidere o CDI como parâmetro de rentabilidade de um investimento, e passemos a assumir os índices de inflação como o norte a ser buscado. Uma vez que diferentes investidores estão sujeitos a diferentes índices de inflação, por possuírem cada um uma cesta de consumo única, que se altera a todo momento, é difícil precisar exatamente qual deve ser o benchmark a ser buscado. Inclusive, deve-se salientar que indivíduos de maior renda possuem maior consumo de serviços, e que este setor vem vivenciando altas de preços acima da média.

Diante desta dificuldade, o investidor pode recorrer à comparação com o IPCA, índice oficial de inflação, como instrumento básico de avaliação de seus investimentos.

Neste novo cenário de juros que se apresenta o investidor precisa agora buscar alternativas que remunerem melhor seu patrimônio investido. Pode-se considerar desde aplicações em ativos de renda fixa mais sofisticados, que estejam sujeitos a isenção de imposto de renda, ou que sejam indexados à inflação, passando também por fundos de investimentos que possuam gestão ativa e estejam comprometidos a preservar e auferir ganhos de capital, como também aplicações no mercado de ações, desde que pautadas em fundamentos consistentes ou feitas através de um fundo de ações que possua uma equipe de gestão de excelência.

Este novo paradigma econômico, com juros baixos exige que o investidor saia do comodismo e assuma novos riscos, a fim de garantir a preservação de seu capital.

A diversidade de alternativas torna difícil separar o joio do trigo. Buscar investimentos com liquidez adequada e que possam oferecer uma melhor rentabilidade, avaliando corretamente os riscos que se está correndo não é uma tarefa fácil e exige conhecimento de mercado. Na dúvida, deve-se contar com a ajuda de um profissional

Equipe Diversinvest.

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